IRRIGAÇÃO É ALTERNATIVA PARA DRIBLAR PREJUÍZOS

Com safra recorde em 2020 de 68,08 mi- lhões de sacas de 60 kg e aumento de 27% em relação à 2019, já estava previsto uma redução da produção da safra de 2021 por conta da bienalidade negativa das lavouras cafeeiras. O que os produtores não pode- riam presumir é a proporção da condição climática desfavorável para a produção do grão em 2021. As altas temperaturas, o período extenso de estiagem e atraso das chuvas em 2020, provisionam resulta- dos de quebra da produção em 2021. De acordo com a previsão da CONAB, esti- ma-se uma queda de 30% da produção de café arábica no Brasil e que pode ser ainda maior na região sul minas onde o impacto do clima foi severo nas lavouras podendo chegar entre 30 e 40% de diminuição da produção de café.

Diante dos riscos mercadológicos, econômicos e climáticos da atividade é essencial procurar alternativas para redução dos riscos da atividade. Seguros e investimentos em tecnologia podem ser boas alternativas para a redução dos riscos. A irrigação pode ser uma grande aliada do produtor em relação intempérie hídrica.

O Cafeicultor Ronan Frota de Rezende, proprietário da Fazenda dos Tachos loca- lizada em Varginha/MG, instalou um sis- tema de irrigação com a Inovar Irrigação em 2018 e está contente com os resulta- dos. Neste mesmo ano, ele plantou uma lavoura de 50 ha, mas irrigou apenas 30 ha e vê nítida diferença entre elas, mesmo em ano e bienalidade negativa. “Esta seca provocou uma queda na produção da la- voura de sequeiro, o que não aconteceu com a lavoura irrigada. Estamos esperando uma produção de 35 sacas por hectare na lavoura de sequeiro e 55 sacas por hecta- re na lavoura irrigada. A diferença é bem grande entre as duas lavouras. ”

O produtor ainda afirma que a safra de 2021 pagará todo investimento feito na irrigação e na infraestrutura instalada para seu funcionamento, levando em consideração a produção de 600 sacas a mais produzidos na lavoura irrigada tendo como base o preço mínimo de venda de R$ 500,00 por saca. Ele lembra que além do ganho de produtividade, houve outros benefícios como ganho de tempo na adubação e aplicação de fungicida e inseticida via solo, que é feito em apenas um dia nos 30 hectares via fertirrigação.

Houve também redução de custo com a eli- minação de 6 aplicações tratorizadas por ano e redução nas aplicações de produtos fitos- sanitários já que uma lavoura saudável é me- nos susceptível às doenças. Mesmo com o aumento no custo de energia para o funcio- namento do sistema de irrigação a economia ainda é bastante satisfatória. A expectativa é que haja um ganho também na qualidade dos grãos o que melhora o preço de venda do produto com o aumento da porcentagem de grãos peneira 16, pois os grãos na lavoura estão visivelmente mais graúdos.

Portanto, a irrigação pode ser uma grande parceira do cafeicultor e alavancar a produção com qualidade em período de déficit hídrico e assim livrar o produtor de grandes perdas, além de render bons frutos e potencializar ganhos em grandes safras.

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